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Befana voa do Reino das Fadas, para trazer presentes e alegria ao mundo dos homens ...



BEFANA vem do termo "Epifania",
que vem do grego "epiphaneia",
que significa "aparição", "manifestação".


Se em alguns países os "ícones masculinos" do PAPAI NOEL & dos REIS MAGOS predominam, em outros estâncias existem figuras natalícias e folclóricas, a exemplo da Itália ... onde é comemorada  a tradição da "Befana";




Nesta tradição popular , a festa da Epifania é chamada de "befana da bruxa"..... que é a personificação de uma velha, muito feia porém bondosa, que com sua simpatia, traz presentes para as crianças em todo 'Dia de Reis' - 6 de janeiro - dia em que os italianos gostam de fazer a entrega dos presentes de natal , para lembrar a visita dos reis magos ao Menino Jesus.



Contam a história , de que três reis magos seguiam viagem guiados por uma estrela cadente quando bateram à porta de uma pequena cabana, e pediram abrigo a uma velhota que lhes deu algo refrescante para beber; Em agradecimento perguntaram-lhe se ela desejaria acompanhar-lhes no caminho para o nascimento de uma criança, mas esta recusou o convite alegando ter muitos afazeres (  ). Após a partida dos magos, a senhora teve uma EPIFANIA, ou seja : uma visão, uma "aparição do menino Jesus"; Confusa e arrependia de não ter acompanhado os reis na caminhada, juntou rapidamente umas prendas e saiu a procurá-los , tentando encontrar tambem o local onde nasceria aquela criança , porém sem êxito, e até hoje continua na sua procura, passando de casa em casa para presentear as crianças no dia 6 de janeiro.



Conforme a tradição mítica : 
a Befana chega voando em uma vassoura, 
descendo pelas chaminés das casas e enchendo as"meias" dependuradas à sua espera (as crianças penduram meias),
deixam uma tangerina e um copo de vinho ao pé da lareira a espera da velhinha ;
A Befana distribui guloseimas para a criançada : 
_quem se portou bem encontrará na meia: doces e guloseimas, mas aqueles que se portaram mal: carvão, alho ou cebola. Símbolos esses que representam uma atenção ao PASSADO 
(ex: carvão onde o que passou não deve se repetir) 
e ao FUTURO (frutos, legumes e promessas de boas safras);


A "meia natalina" que todos nós penduramos nas portas ou lareiras - mesmo aqui no Hemisfério Sul - não é só um adereço para depósito de presentes, mas tem o poder de invocar a Befana, e representa um dos primeiros adornos criados pelo homem na idade média para proteger os pés e usado pelos agricultores feudais , posteriormente substituído pelo sapato .. ;




Daí seu envolvimento simbólico com a agricultura, com a mãe-terra, com a fertilidade divina ; Não é a toa que é venerada como 'Abundita', uma espécie de deusa das safras ... e anunciante das próximas e fartas colheitas, após o inverno; 
Com esta troca de presentes, tambem é conhecida como a figura mítica da fada Befana, cuja função é estabelecer uma ligação das famílias atuais com seus antepassados ;



Em tempo: 
Foi também na Itália que nasceu a tradição católica de montar o"presépio"; Este representa uma cena do nascimento do menino  Jesus, que aparece numa manjedoura, junto de seu pai e mãe, alguns animais, e os três Reis Magos. São Francisco de Assis montou o primeiro presépio de que se tem notícia.



Um comentário:

  1. A Igreja celebra hoje o mistério da Epifania, ou seja, a manifestação de Deus na nossa humanidade. E a grande manifestação de Deus é a sua universalidade: Deus vem para todos. Na realidade, no tempo do Natal não celebramos só a encarnação do Filho de Deus mas também a sua manifestação ao mundo. No dia do nascimento de Jesus os anjos anunciam aos pastores a boa nova do nascimento do Salvador e dão um sinal: um recém-nascido deitado numa manjedoira. Ontem, na festa de Santa Maria Mãe de Deus, estes mesmos pastores dirigem-se a Belém e contemplam o menino. E hoje, na Epifania, os magos vêm ao seu encontro para se prostrarem diante do Menino que reconhecem como Deus, Homem e Rei. Este tempo de manifestação terminará com o Baptismo do Senhor que celebraremos no próximo domingo.
    São, portanto, encontros de Deus com os homens ou, se quisermos, em sentido inverso, encontros dos homens com Deus.
    Era o que nos dizia a primeira leitura. O convite que o profeta faz, em nome de Deus, para que todos, do Oriente ao Ocidente, subam a Jerusalém, a cidade de Deus, e se tornem disponíveis para este encontro com o próprio Deus.
    Se durante estes dias falámos do Natal como tempo de Luz, esta festa também nos diz isto: que com a manifestação de Deus, a Luz dissipa as trevas. A luz é Cristo. O Concilio Vaticano II começou o grande texto sobre a Igreja exatamente com a frase: “A Luz dos povos é Cristo”. E é a sua luz, a luz de Cristo, que ilumina os nossos caminhos, que ilumina as nossas trevas.
    Que outra luz poderia ter guiado os magos, senão a luz de Cristo? A estrela que eles vêem no Oriente e que lhes anuncia o nascimento de um rei – o rei dos judeus – não só indica o caminho mas torna-se a certeza de que esse caminho, por vezes escuro, acaba por levar à luz.
    A estrela é já o próprio Cristo que nos conduz até Ele. O grande São João Crisóstomo, Bispo dos finais do século IV, a propósito dos magos e da estrela dizia que os magos “não se puseram a caminho porque tivessem visto a estrela, mas viram a estrela, porque já estavam a caminho.”
    Que outra luz pode guiar a nossa vidas senão a luz de Cristo? Neste caminho dos magos até Jesus está o nosso próprio caminho, ou então, a nossa busca de Deus. Também nós, porque nos pomos a caminho, porque buscamos a Deus, vemos a estrela e chegamos à luz. Em vezes, como aconteceu com os magos, vemos-a mais nítida, outras vezes perdemo-la, seguindo por caminhos difíceis mas sempre voltamos a encontrá-la, sendo a sede, a busca, e o desejo, não podendo deixar de existirem.
    Deixar-se guiar. Como um rio que caminha para o mar, como os magos caminharam para Belém, assim também nós devemos caminhar para a Luz que nos ilumina, Jesus Cristo.
    Este caminho está aberto a todos os que procuram. É a alegria e a consolação que nos falava Isaías e que os magos sentiram. O caminho não é só nosso. Todos os que procuram a Luz podem pôr-se a caminho e nos primeiros passos verão a estrela que nos acompanha e nos dá esperança.
    É curioso que os magos - ao perderem a estrela - dirigem-se a Jerusalém. Mas é normal. O Rei vivia em Jerusalém, logo o filho deveria nascer lá. Embora o Menino tenha nascido em Belém para fazer cumprir as Escrituras sobre o Messias, seria Jerusalém a cidade da manifestação plena de Jesus. A sua Ressurreição, que ainda hoje nos ilumina, é a luz sem ocaso, a Luz verdadeira que fez com que as trevas deixassem de existir.
    Na primeira leitura Jerusalém aparece como lugar de reunião de todos os povos dispersos, nos Evangelhos a cidade onde a Luz há de brilhar na manhã da ressurreição e dispersar os Apóstolos.
    Neste dia de Manifestação, peçamos ao Senhor por toda a Igreja, por cada um de nós, para que nos deixemos guiar pela estrela que nos leva à Luz que é Cristo. E que Cristo seja a Salvação e Luz, não só para quem nele acredita, mas para aqueles que O procuram de coração sincero.

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